CESÁRIO TRAPEIRO: ENGOMAR, DEIXAR PASSAR
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2022.v24n2a51052Słowa kluczowe:
Cesário Verde, Trapeiro, “Contrariedades”, Ninfa.Abstrakt
Como já foi destacado por grande parte da crítica, o poeta português Cesário Verde estabeleceu em sua mesa de trabalho uma outra cartografia da cidade, dando, em seus poemas, visibilidade e legibilidade para figuras marginais e sem estatuto poético, que permaneceram quase sempre fora da poesia e da narrativa. Cesário Verde estabeleceu uma arte poética com cenas e enquadramentos de um mundo repleto de figurantes e ao mesmo tempo colocou, muitas vezes, “os andaimes da escrita” em evidência. Partindo dessas considerações, o objetivo deste trabalho é estabelecer uma leitura do poema intitulado “Contrariedades”. Neste poema, Cesário parece pôr em cena não apenas as inquietações e angústias de um escritor, mas também o próprio momento da escrita, fazendo surgir uma estranha figura da modernidade.
Bibliografia
BAUDELAIRE, C. As flores do mal. Tradução de Maria Gabriela Llansol. Posfácio de Paul Valéry. Lisboa: Relógio d'Água, 2011.
BENJAMIN, W. A modernidade e os modernos. Tradução de Heindrun Krieger Mendes da Silva, Arlete de Brito e Tânia Jatobá. Rio de Janeiro: Biblioteca Tempo Universitário, 2000.
CERDEIRA, T. C. De que cor é o céu de Lisboa? In: CERDEIRA, T. C. A mão que escreve: ensaios de literatura portuguesa. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2014.
CIXOUS, H. Sans Arrêt, non, État de Dessination, non, plutôt: Le Décollage du Bourreau. Repentirs. Paris: Réunion des musées nationaux, 1991.
COUTINHO, L. E. B.; FARIA, F. P. (Org.). Corpos-Letrados, Corpos-Viajantes: ensaios críticos. Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2007
.
DIDI-HUBERMAN, G. Aperçues. Paris: Les Éditions de Minuit, 2018.
DIDI-HUBERMAN, G. Falenas: ensaio sobre a aparição 2. Tradução de António Preto, Eduardo Brito, Mariana Pinto dos Santos, Rui Pires Cabral, Vanessa Brita. Lisboa: KKYM, 2015.
DIDI-HUBERMAN, G. Grisalha. Poeira e poder do tempo. Tradução de Rui Pires Cabral. Lisboa: KKYM + IHA (ensaios breves), 2014.
DIDI-HUBERMAN, G. Ninfa Moderna: ensaio sobre o panejamento caído. Tradução de António Preto. Lisboa: KKYM, 2016.
DIDI-HUBERMAN, G. Povos expostos, povos figurantes. Vista, [S. l.], n. 1, p. 16-31, 2017. Disponível em: https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/ 2963. Acesso: 25 mar. 2022.
HOMERO. Ilíada. Tradução de Trajano Vieira. São Paulo: Editora 34, 2020.
MACEDO, H. Trinta leituras. Lisboa: Presença, 2007.
RANCIÈRE, J. O fio perdido: ensaios sobre a ficção moderna. Tradução de Marcelo Mori. São Paulo: Martins Fontes – selo Martins. 2017.
RIO, J. A alma encantadora das ruas. Organização de Raúl Antelo. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
VERDE, C. Cânticos do Realismo e outros poemas. 32 Cartas. Edição de Teresa Sobral Cunha. Lisboa: Relógio d‘Água, 2006.
VERDE, C. Obra completa de Cesário Verde. Organização de Joel Serrão. 4. ed. Lisboa, Livros Horizonte, 1993.
WARBURG, A. Essais Florentins. Paris: Klincksieck, 1990.
Pobrania
Opublikowane
Numer
Dział
Licencja
Transferência de direitos autorais - Autorização para publicação
Caso o artigo submetido seja aprovado para publicação, já fica acordado que o autor autoriza a UFRJ a reproduzi-lo e publicá-lo na Diadorim: Revista de Estudos Linguísticos e Literários, entendendo-se os termos "reprodução" e "publicação" conforme definição respectivamente dos incisos VI e I do artigo 5° da Lei 9610/98. O artigo poderá ser acessado pela internet, a título gratuito, para consulta e reprodução de exemplar do artigo para uso próprio de quem a consulta. Essa autorização de publicação não tem limitação de tempo, ficando a UFRJ responsável pela manutenção da identificação do autor do artigo.
A Revista Diadorim utiliza uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0).