v. 5, n. 1 (2021): Cicatrizes da contemporaneidade

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Os tempos contemporâneos estão cheios de cicatrizes que vêm sendo provocadas e reabertas ao longo da História. Isso ficou evidente nas submissões destinadas ao volume anterior, que foi o maior número que recebemos na (ainda) curta história da Revista intransitiva. Por isso, decidimos que, desses textos a nós submetidos, comporíamos duas edições: uma majoritariamente sobre o passado e outra — esta — sobre como o presente manifesta vislumbres do passado. Trazendo estes textos que abordam relações étnico-raciais, resistência, luto, masculinidade, e a vida em isolamento de maneira muitas vezes visceral, esperamos que você, leitor(a), sinta-se contemplado(a), entre em contato com diferentes realidades e amplie suas perspectivas. Dito isto, alguns textos são acompanhados de ilustrações e, de certa forma, rasgam ainda mais fundo as cicatrizes deixadas pelos tempos pandêmicos. O objetivo de canalizar todos os verbetes em linha e cor propõe evocar uma imersão ainda maior ao leitor no universo proposto pelos autores de cada texto ilustrado. É difícil ler sem emocionar e, com certeza, é difícil desenhá-los com indiferença. É com a crença de que a arte é uma das formas existentes de tocar as feridas necessárias e de (tentar) curá-las que apresentamos esta edição, Cicatrizes da contemporaneidade (v. 5, n. 1, 2021).

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Publié-e: 2021-04-14

Editorial