“Esta humilde e fraca pena” registra a tradição das cartas de amor do casal N e Z (1949)
DOI:
https://doi.org/10.24206/lh.v5iEspecial.25536Palabras clave:
Carta de amor, Tradição discursiva, Temática, Composicionalidade, Modos de dizer.Resumen
Este artigo tem como objetivo analisar as tradições discursivas identificadas em vinte cartas de amor trocadas por um casal pernambucano na primeira metade do século XX. A abordagem das tradições discursivas é feita de acordo com as noções de proximidade comunicativa (KOCH; ÖESTERREICHER, 2007, 2013) e com a proposta de Longhin (2014), em que são abordadas as dimensões da tradicionalidade temática, composicional e dos modos de dizer. Os estudos realizados por Koch (1997), Kabatek (2006, 2012), Andrade e Gomes (2018), Rumeu (2013) e Gomes e Lopes (2014a, 2016) complementam a base teórica. Os resultados dessa análise, ainda que em caráter de amostra, revelam que as tradicionalidades temática, composicional e dos modos de dizer evidenciam as especificidades do propósito comunicativo da carta de amor.Citas
ANDRADE, Maria Lúcia C. V. O.; GOMES, Valéria Severina. Tradições discursivas: reflexões conceituais. In: CASTILHO, Ataliba T. de; ANDRADE, Maria Lúcia C. V. O.; GOMES, Valéria Severina (Coord.). História do português brasileiro: Tradições discursivas do português brasileiro: Constituição e mudança dos gêneros discursivos. v.7. São Paulo: Contexto, 2018.
BROWN, Roger; GILMAN, Albert. The pronouns of power and solidarity. In: SEBEOK, Thomas Albert (Ed.). Style in Language. Cambridge: Massachusetts, The MIT Press, 1960. p. 253-276. Disponível em: https://www.ehu.eus/seg/_media/gizt/5/5/brown-gilman-pronouns.pdf. Acesso em: 10 de maio de 2019.
COULMAS, Florian. Escrita e sociedade. Tradução de Marcos Bagno. 1 ed. São Paulo: Parábola, 2014.
COSTA, Alessandra C. de. Ação – formulação – tradição: a correspondência de Câmara Cascudo a Mário de Andrade de 1924 a 1944, entre proximidade e distância comunicativa. In: MARTINS, Marco Antonio; TAVARES, Maria Alice (Org.). História do português brasileiro no Rio Grande do Norte: Análise linguística e textual da correspondência de Luís da Câmara Cascudo a Mário de Andrade – 1924 a 1944. Natal RN: EDUFRN, 2012.
COSTA, Elizabhett Christina Cavalcante da. Cartas pessoais de pernambucanos dos séculos XIX e XX: o comportamento das formas de tratamento tu e você na posição de sujeito sob o enfoque da historicidade da língua e do texto. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-graduação em Letras, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019.
COSTA, Elizabhett Christina Cavalcante da; GOMES, Valéria Severina; SILVA, Cláudia Roberta Tavares. Variação e tradição: uma análise do Tu e Você na posição de sujeito em cartas de pernambucanos (1860-1989). In: LaborHistórico. Dossiê temático Tradições discursivas: faces e interfaces da historicidade da língua e do texto. v. 4, n. 1, 2018. p. 55-71. Disponível em: https://doi.org/10.24206/lh.v4i1.17490. Acesso em: 10 de maio de 2019.
GOMES, Valéria Severina; LOPES, Célia Regina dos Santos. Formas tratamentais em cartas escritas em Pernambuco (1869-1969): tradição discursiva e sociopragmática. In: Revista de Estudos da Linguagem. v. 24, 2016. p.157-189. Disponível em: http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/relin/article/view/6299. Acesso em: 10 de maio de 2019.
GOMES, Valéria Severina; LOPES, Célia Regina dos Santos. Variação entre formas dos paradigmas de tu-você em cartas pernambucanas dos séculos XIX e XX. In: Revista do GELNE. v.16, 2014a. p. 1-15. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/11626. Acesso em: 10 de maio de 2019.
GOMES, Valéria Severina. Tradições discursivas, variação e mudança no sistema pronominal de tratamento do português brasileiro em cartas pessoais pernambucanas (séculos XIX e XX). Relatório de atividades acadêmicas do Estágio Pós-Doutoral em Letras Vernáculas. Programa de Pós-graduação em Letras Vernáculas – Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - UFRJ, Rio de Janeiro, 2014b.
KABATEK, Johannes. Tradições discursivas e mudança linguística. In: LOBO, Tânia et al. (Orgs.). Para a história do português brasileiro. Salvador: Edufba, 2006.
KABATEK, Johannes. Tradição discursiva e gênero. In: LOBO, Tânia et al. (Org.). Rosae: linguística histórica, história das línguas e outras histórias. Salvador: EDUFBA, 2012. p. 579-588.
KOCH, Peter; ÖESTERREICHER, Wulf. Linguagem da imediatez–linguagem da distância: oralidade e escrituralidade entre a teoria da linguagem e a história da língua. Tradução: Hudinilson Urbano e Raoni Caldas. Revista Linha D’Água, n. 26, 2013. p. 153-174. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/55677/60935. Acesso em: 10 de maio de 2019.
KOCH, Peter; ÖESTERREICHER, Wulf. Oralidad e escrituralidad a luz de la Teoria delLenguage. In: KOCH, Peter; ÖESTERREICHER, Wulf (Ed.) Lenguahablada em laRomania: español, francês, italiano. Madrid: Editorial Gredos, 2007. p. 20-47.
LONGHIN-THOMAZI, Sanderléia Roberta. Tradições Discursivas: conceito, história e aquisição. São Paulo: Cortez, 2014.
LOPES, Célia Regina dos Santos. A história da família Ottoni nas linhas e entrelinhas. In: LOPES, Célia Regina dos Santos (Org.). A Norma Brasileira em Construção: Fatos linguísticos em cartas pessoais do século 19. Rio de Janeiro: UFRJ, Pós-Graduação em Letras Vernáculas: FAPERJ, 2005. p. 15-21.
MACHADO, Ana Carolina. As formas de tratamento no teatro do Rio de Janeiro nos séculos XIX e XX. In: Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, v. 60, n. 3, set./dez. 2018. p. 647-668. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8651428/18801. Acesso em: 10 de maio de 2019.
RUMEU, Márcia C. B. Língua e sociedade: a história do pronome “Você” no português brasileiro. Rio de Janeiro: Ítaca, 2013.
SILVA, Aldeir Gomes da; GOMES, Valéria Severina. Os subgêneros da carta pessoal em correspondências pernambucanas da primeira metade do século XX In: Gelne 40 anos: Experiências teóricas e práticas nas pesquisas em Linguística e Literatura.1 ed. São Paulo: Blucher, 2017. p. 207-229.
SILVA, Jane Q. G. Um estudo sobre o gênero carta pessoal: das práticas comunicativas aos indícios de interatividade na escrita dos textos. Tese de Doutorado. Programa de Pós-graduação em Letras – Estudos Linguísticos, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2002. Disponível em: http://www.letras.ufmg.br/padrao_cms/documentos/profs/romulo/UM%20estudo%20sobre%20o%20g%C3%AAnero%20carta%20pessoal%20de%20JANE%20QUINTILIANO.pdf. Acesso em: 10 de maio de 2019.
SOUZA, Janaína Pedreira Fernandes de. Mapeando a entrada do você no quadro pronominal: análise de cartas familiares dos séculos XIX-XX. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em Letras Vernáculas – Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: http://www.laborhistorico.letras.ufrj.br/Mestrado/SouzaJPF.pdf. Acesso em: 10 de maio de 2019.
XIMENES, Expedito Eloísio. Fraseologias jurídicas: estudo filológico e linguístico do período colonial. Curitiba: Appris, 2013.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
El autor del texto enviado a la Revista LaborHistorico cede los derechos autorales a la Revista, en caso de que el texto sea publicado. Sin embargo, los autores mantienen el derecho de compartir, copiar, distribuir, ejecutar y comunicar publicamente el trabajo bajo la condición de hacer referencia a la Revista LaborHistórico.
Todos los trabajos se encuentran bajo la Licencia Creative Commons Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional.
Los autores son los únicos responsables del contenido de los trabajos. Está prohibido el envío integral o parcial del texto ya publicado en la Revista a otras revistas.