Americanus pinxit: os artistas da Real expedição botânica do Novo Reino de Granada (1783-1816) desde a epistemologia visual
DOI:
https://doi.org/10.24206/lh.v6i2.32394Palabras clave:
Expedição botânica do Novo Reino de Granada. Epistemologia visual. historiografia da arte.Resumen
Os desenhos feitos para a Real expedição botânica do Novo Reino de Granada (1783-1816) são vistos como exemplos de um gênero de representação particular dedicado ao estudo do reino vegetal. Mas o seu conteúdo vai além do trabalho específico numa empresa científica. Nesses desenhos é apontada a importância do olhar botânico, pela evidente colaboração em equipe do cientista e do artista, o que lembra a ideia da arte como ancilla ecclesiae, mas neste caso a serviço da ciência. A densidade da obra Oficina de pintores apresenta um caso em que os desenhos parecem ter o objetivo de substituir os espécimes vivos. É apropriado restringir a visão deste grupo excepcional à ilustração científica? Ao reduzir a sua produção a simples ilustrações, não se está negando a contribuição da arte à ciência ao pensá-la como ancilla scientiae? Se pensarmos no conforto das classificações historiográficas, a resposta é sim. Mas se pensarmos em um sentido amplo a resposta é negativa. O trabalho das imagens como fontes junto às representações escritas propõem uma utilização do visual que mistura a arte e a ciência, pois esses desenhos botânicos apresentam um problema de conhecimento através da imagem, porém um exemplo de epistemologia visual.
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