Breve análise de fenômenos linguísticos presentes no manuscrito eclesiástico setecentista: De Genere, Vitae Et Moribus
DOI:
https://doi.org/10.24206/lh.v2i2.10007Parole chiave:
fontes manuscritas, paleografia, transcrição, fenômenos linguísticos.Abstract
Conforme se sabe, documentos manuscritos no passado recuperados pelo trabalho filológico são indispensáveis à análise de ocorrências (ou não ocorrências) de mudanças linguísticas de longa duração. Neste artigo, pretende-se fazer algumas descrições paleográficas de parte de um testemunho eclesiástico, De Genere, Vitae Et Moribus, localizado no Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana (MG). Também se pretende apresentar e discutir, mesmo que de forma parcial, a ocorrência de alguns fenômenos linguísticos que podem indicar (i) uma mudança sintática no âmbito de regência verbal e (iii) uso categórico de pronomes em posição proclítica.
Riferimenti bibliografici
ACIOLI, V. L. C. A escrita no Brasil colônia: um guia para a leitura de documentos manuscritos. Recife: Massangana/ Fundação Joaquim Nabuco, 1994.
ALMADA, Márcia. Das artes da pena e do pincel: caligrafia em pintura em manuscritos no século XVIII. BH: Fino traço, 2012.
BLANCO, R. R. Estudos paleográficos. São Paulo: Laserprint, 1987.
BYNON, T. Historical linguistics. London: Cambridge University Press, 1983.
CÂMARA JÚNIOR, Joaquim Mattoso. História e Estrutura da Língua Portuguesa. RJ: Padrão, 1976.
CAMBRAIA, C. N. Introdução à crítica textual. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
CAMBRAIA, C.N. et al. Normas para transcrição de documentos manuscritos para a História do Português do Brasil. In: MATOS E SILVA, R.V. (Org.). Para a História do Português Brasileiro. Vol. II: Primeiros Estudos. Tomo II. SP: Humanitas/FFLCH/FAPESP. 2001. p. 552-555.
CHAVES, Elaine. Implementação do pronome Você: a contribuição das pistas gráficas. Mestrado (Estudos Linguísticos). Belo Horizonte: Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, 2006.
COHEN, Maria Antonieta de Amarante de Mendonça. Reexame de um caso clássico à luz de novos dados: a gramaticalização e a reanálise de mente. In: VITRAL, Lorenzo; COELHO, Sueli (Org.). Estudos de processos de gramaticalização em português: metodologias e aplicações. Campinas, SP: Mercado de Letra; 2010. p. 57-74.
CUNHA, Antônio Geraldo da Cunha. Dicionário Etimológico da língua portuguesa. RJ: Lexikon, 2010.
DIAS, Madalena M.; BIVAR, Vanessa dos S. B. Paleografia e fontes do período colonial brasileiro. Estudos CEDHALNova Série, nº 11, São Paulo: Humanitas/FFLCH-USP, 2005.
DUCHOWNY, Aléxia Teles; COELHO, Sueli Maria; COELHO, Guilherme Henrique. Sistema de abreviaturas de documentos adamantinos setecentistas. Revista Letras. Curitiba, n. 90, 2014. p. 233-252. ISSN 2236-0999. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5380/rel.v90i2.36430. Acessado em: 21 jan. 2017.
DUCHOWNY, Aléxia Teles; RAMOS, Jania Martins; COELHO, Sueli Maria. Processos e mudanças em abreviaturas mineiras setecentistas: regularidade e ruptura. Filologia e Linguística Portuguesa. São Paulo, v. 17, n. 2, 2015. p. 333-352. ISSN 2176-9419. Disponível em: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-9419.v17i2p333-352. Acessado em: 21 jan. 2017.
FACHIN, Phablo Roberto Marchis. Descaminhos e dificuldades: leitura de manuscritos do século XVIII. Goiânia: Trilhas Urbanas, 2008.
FACHIN, Phablo Roberto Marchis. Critérios de leitura de manuscritos: em busca de lições fidedignas. Filologia e Linguística Portuguesa. São Paulo, n. 10/11, p. 237-262, 2009. ISSN 2176-9419. Disponível em: http://www.fflch.usp.br/dlcv/lport/flp/images/arquivos/FLP10-11/Fachin.pdf. Acessado em: 25 jun. 2016.
FERNANDES, Francisco. Dicionário de verbos regimes. Porto Alegre: Globo, 2005.
FLEXOR, Maria Helena Ochi. Abreviaturas: manuscritos dos séculos XVI ao XIX. 3. ed. Rev. e aum. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2008.
FONTINHA, Rodrigo. Novo Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Porto: Domingos Barreira, 1950.
GALENDE DIAZ, Juan Carlos. Las bibliotecas de los humanistas y El Renascimiento. Revista General de Información y Documentación. Madri, v.6, no.2, p.91-124, 1996.
HIGOUNET, C. História concisa da escrita. São Paulo: Parábola, 2003.
MARTINS, Ana Maria. Clíticos na história do Português. Tese (Doutorado em Linguística). Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa, Lisboa, 1994.
MATTOS E SILVA, Rosa Virgínia. O português arcaico: fonologia. SP: Contexto, 1991.
MEGALE, Heitor; TOLEDO NETO, Sílvio de Almeida. (Org.). Por minha letra e sinal: documentos do ouro do século XVII. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2005.
MORAES SILVA, A. de. Diccionario de Lingua Portuguesa. FREIRE, L. Fac símile da segunda edição de 1813. RJ: Officina da S.A. Litho-typographia Fluminense, 1922.
MENDES, Soélis Teixeira do Prado. Combinações lexicais restritas e manuscritos setecentistas de dupla concepção discursiva: escrita e oral. Tese (Doutorado em Linguística). Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, 2008.
NASCENTES, Antenor. Dicionário Etimológico Resumido. RJ: Instituto Nacional do Livro, 1966.
NUNES, Eduardo Borges. Álbum de paleografia portuguesa. Lisboa: Instituto de Alta Cultura, 1969.
PICCHIO, Luciana Stegagno. O método filológico: comportamentos críticos e atitude filológica na interpretação de textos literários. Lisboa: Signos, 1979.
SPINA, Segismundo. Introdução à edótica: crítica textual. São Paulo: Cultrix/ Edusp, 1977.
TARALLO, Fernando. Tempos linguísticos: itinerário histórico da língua portuguesa. SP: Ática, 1990.
VILLALTA, Luiz Carlos. A Igreja, a sociedade e o clero. In: RESENDE, M. E. L. de & VILLALTA, L. C. (org.) História de Minas: As Minas Setecentistas. Vol. II. Belo Horizonte: Autêntica; Companhia do Tempo, 2007. p. 25-57.
VALENTE, José Augusto Vaz. Álbum de paleografia – documentos brasileiros. 2ª. ed. SP: ECA/USP, 1983. Disponível em: http://sli.uvigo.gal/DDGM/ddd_pescuda.php?pescuda=adiante&tipo_busca=lema. Acessado em 30/07/2016.
Fontes Manuscritas
AEAM – Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, Minas Gerais. Processo De Genere Vita et Moribus de Francisco de Paula Meireles. 1779. Armário 04, pasta 604.
##submission.downloads##
Pubblicato
Fascicolo
Sezione
Licenza
Os autores que publicam nesta revista concordam com o seguinte:
a. Os autores detêm os direitos autorais dos artigos publicados; os autores são os únicos responsáveis pelo conteúdo dos trabalhos publicados; o trabalho publicado está licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento da publicação desde que haja o reconhecimento de autoria e da publicação pela Revista LaborHistórico.
b. Em caso de uma segunda publicação, é obrigatório reconhecer a primeira publicação da Revista LaborHistórico.
c. Os autores podem publicar e distribuir seus trabalhos (por exemplo, em repositórios institucionais, sites e perfis pessoais) a qualquer momento, após o processo editorial da Revista LaborHistórico.