Apontamentos sobre a prática da H(h)istória da arte
DOI:
https://doi.org/10.24206/lh.v6i2.32353Palavras-chave:
Arte. História. Imagem. Historiografia.Resumo
Procura-se neste texto articular alguns apontamentos acerca dos vínculos entre “arte” e “história”, “objeto” e “sujeito”, “imagem” e “texto”, sem a pretensão de esgotar os mesmos. Seu propósito principal é apresentar questões gerais formuladas a respeito da disciplina História da Arte por meio de publicações de autores considerados referenciais no campo e que se propuseram a pensar essa ampla problemática da prática da história da arte. Não se trata aqui de reivindicar originalidade em tais reflexões, mas de enumerar aspectos teórico-metodológicos capazes de articular tópicos essenciais para o debate, de modo a também viabilizar orientação pedagógica ao estudo da historiografia. Ao se identificar as convergências e divergências de enunciado e de enunciação nos discursos analisados, ressaltam-se alguns embates entre os posicionamentos dos autores – ao mesmo tempo, o desejo de ordem –, e que, de modo geral, estão ainda circunscritos ao contexto europeu, região onde a prática da História da Arte foi historicamente concebida, moldada e institucionalizada. Isso posto, um problema recorrente tem norteado o estado atual da questão: a partir da existência de cursos de graduação em História da Arte em algumas regiões do Brasil – e sua suposta primazia na formação de jovens profissionais –, em um país cujas particularidades culturais e sociais diferem do ambiente de origem da disciplina, qual história da arte é possível ser praticada?
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