Receitas autênticas: gastronomias locais e reconhecimento patrimonial
DOI:
https://doi.org/10.70051/mangt.v4i2.65073Palavras-chave:
Gastronomia, Confrarias, Patrimônio, Tradição, InovaçãoResumo
Com base no universo das confrarias gastronómicas portuguesas, propomo-nos discutir alguns dos processos de constituição e afirmação de gastronomias locais. Ocupar-nos-emos dos discursos que as três confrarias que escolhemos analisar produzem sobre elas próprias e sobre aquilo que fazem, definindo como pano de fundo os debates sobre património. A retórica patrimonialista, que serviu a consolidação dos nacionalismos oitocentistas e que serve hoje os mecanismos de integração da diversidade em narrativas globais, tem na gastronomia uma expressão exponenciada desses processos. Esta constitui-se afirmando singularidades, que alguns agentes, como os que integram as confrarias, procuram proteger. Por outro lado, a gastronomia, ao revitalizar-se pela permanente incorporação de novos produtos, saberes e sabores, sem deixar de dar resposta ao que a torna património, busca um reconhecimento tão vasto quanto possível. Será sobre estas diferentes camadas narrativas, geradas no balanceamento entre a defesa de gastronomias locais e nacionais e a incorporação do valor patrimonial consagrado no plano global, que nos ocuparemos neste texto.
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