A percepção do cuidador sobre o brincar da criança com paralisia cerebral no contexto da terapia ocupacional

Autores

  • Patricia Carla de Souza Della Barba Universidade Federal de São Carlos http://orcid.org/0000-0002-7893-8133
  • Ana Flavia Rodrigues Silva Universidade Federal de São Carlos
  • Maria Madalena Moraes Santa'anna Programa de Pós-graduação da Universidade Estadual Paulista, UNESP -- campus de Marilia.

DOI:

https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto4642

Palavras-chave:

Paralisia Cerebral, criança, pais, modelo lúdico

Resumo

O objetivo do presente estudo consiste em identificar a importância do brincar de uma criança com paralisia cerebral para seu desenvolvimento, sob o ponto de vista do cuidador, tanto no cotidiano familiar quanto no contexto da Terapia Ocupacional.  Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, exploratória e transversal. Participou da pesquisa o pai de uma criança com paralisia cerebral de 2 anos de idade. Depois de realizados os procedimentos éticos, o pai respondeu a dois instrumentos. Foi utilizada a Entrevista Inicial com os Pais (EIP), instrumento do Modelo Lúdico, proposto por Francine Ferland, e também uma entrevista elaborada para o presente trabalho, com foco no brincar da criança em seu contexto. Os resultados apontaram que o brincar é visto pelo pai como um meio de alcançar objetivos na terapia, como a aquisição de habilidades que contribuem para o desenvolvimento da criança com paralisia cerebral.  Concluiu-se que a atividade de brincar como um fim nas intervenções clínicas de Terapia Ocupacional ainda é pouco compreendido pelo cuidador.

Biografia do Autor

Patricia Carla de Souza Della Barba, Universidade Federal de São Carlos

Terapeuta Ocupacional (Universidade Federal de São Carlos), Especialista em Psicopedagogia e no Método Neuroevolutivo Bobath. Mestre e Doutora em Educação Especial (Educação do Indivíduo Especial) pela Universidade Federal de São Carlos. Docente Adjunto Nível IV do curso de graduação em Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos. Orientadora de mestrado e doutorado. Docente do Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional (PPGTO-UFSCar, Mestrado Acadêmico) e do Programa de Pós-Graduação em Gestão da Clínica (PPGGC-UFSCar, Mestrado Profissional). Pós-Doutorado em Estudos da Criança no Instituto de Educação da Universidade do Minho, Braga, Portugal. Experiência na área de Terapia Ocupacional, com ênfase em Intervenção em Problemas de Desenvolvimento Infantil. Atua principalmente nos seguintes temas: Intervenção Precoce, Atuação da Terapia Ocupacional na Atenção Integral à criança: vigilância do desenvolvimento e detecção de riscos nos contextos de saúde e educação; formação de profissionais de saúde; disfunções físicas e neurológicas, Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC). Lider do Grupo de Pesquisa do CNPq FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO EM TERAPIA OCUPACIONAL.

Referências

- Ferland, F. O modelo lúdico: o brincar, a criança com deficiência física e a terapia ocupacional. 3a. ed. São Paulo: Roca, 2006.

- Takatori, M. O brincar na Terapia Ocupacional: Um enfoque na criança com lesões neurológicas. São Paulo: Zagodoni Editora; 2012.

- Finnie, NR. O manuseio em casa da criança com paralisia cerebral. 3a. ed.Trad. Maria da Graça Figueiró da Silva. São Paulo: Manole, 2000.

- Maclean, MF. Pais como co-terapeutas para crianças com dificuldades de aprendizagem motora. Cad Ter Ocup UFSCar, 1992; 3(2):ago-set.

- Bax, M et al. Proposed definition and classification of cerebral palsy. Developmental Medicine & Child Neurology. 2005; 47(8):571-576.

- Della Barba, PCSD, Nascimento, DV. O brincar no cotidiano da criança com deficiência física e a prática da Terapia Ocupacional. Relatório de pesquisa apresentado ao CNPq/PIBIC, 2011.

- Ferland, F. Além da deficiência física ou intelectual: um filho a ser descoberto. Londrina: Lazer & Sport, 2009.

- Pedretti L, Early M. Terapia Ocupacional: Capacidades praticas para as disfunções físicas. 5ª edição. São Paulo: Roca LTDA, 2005.

- Bezerra, WC. O brincar sobre a perspectiva da Terapia Ocupacional. In: CONGRESSO ALAGOANO INTERDISCIPLINAR DE LUDOTERAPIA, Alagoas, 2012. Anais. Curitiba, 2012. p. 115.

- Nunes, F, Figueiredo, M, Della Barba, PCS, Emmel, MLG. Retratos do cotidiano de meninos de cinco e seis anos: a atividade de brincar. Cad. Ter. Ocup. UFSCar, São Carlos, v. 21, n. 2, p. 275-287, 2013.

- Sant´Anna, MMM; Blascovi-Assis, SM; Magalhães, LC. Adaptação transcultural dos protocolos de avaliação do Modelo Lúdico. Rev Ter Ocup Univ USP. 2008; 19(1): 34-47.

- Sant´anna, MMM. Tradução e adaptação transcultural dos protocolos de avaliação do Modelo Lúdico para crianças com paralisia cerebral [Dissertação]. São Paulo: Universidade Presbiteriana Meckenzie; 2006.

Downloads

Publicado

10-02-2017

Edição

Seção

Artigo Original