Cartas de comércio do século XVIII: visão documental a partir de uma edição diplomático-interpretativa
DOI:
https://doi.org/10.24206/lh.v5i2.25097Keywords:
Edição de textos antigos. Cartas pessoais. Aspectos paleográficos. Mãos inábeis. Português do Século XVIIIAbstract
O presente artigo mostra a pesquisa, em fase inicial, a qual focaliza um tipo de fonte documental não literária, tendo em vista a capitalização de conhecimento sobre o português de setecentos: a carta de mercadores, situada, em termos de taxonomia tipológica, na esfera da administração privada. Constata-se, ainda, no entanto, o campo do ignoramos no que se refere ao período. Os corpora selecionados, transcritos com rigor filológico, de acordo com os parâmetros de um projeto mais amplo, o PHPB, é uma contribuição para iluminar, pois, uma fase linguística de transição. Tenciona-se exemplificar, de forma preliminar, peculiaridades paleográficas do tempo, vigentes na compilação e contextualizadas em fatores sócio-históricos. Caracteriza-se, por fim, o rotulo “carta comercial” de acordo com suas especificidades filológicas, discursivas e textuais, bem como as categorias “mãos hábeis / mãos inábeis”, quanto ao desempenho dos missivistas, em função, também, de identidades linguísticas dos textos.
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- Figura 1: Carta com características da catalogação realizada pela BNL. (Português (Brasil))
- Figura 1: Edição Fac -símile, com características da catalogação realizada pela BNL.(Fragmento). Fonte: Aires (1798) (Português (Brasil))
- Figura 2: Edição Diplomático- Interpretativa. (Português (Brasil))
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- Figura 9: Edição Diplomático- Interpretativa com Índice Grafo-fonéticos (Português (Brasil))
- Figura 9: Edição Diplomático- Interpretativa com Índice Grafo-fonéticos (Português (Brasil))
- Figura 10: Fac -símile de uma carta de mão inábil. (Português (Brasil))
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