Alimentação, ritual e reconstrução da Casa Sagrada em Timor-Leste
DOI:
https://doi.org/10.70051/mangt.v4i2.65057Palavras-chave:
Gastronomia, Alimentação ritual, Transformação alimentar, Uma Lulik, Animismo, Timor-LesteResumo
Este artigo baseia-se em um trabalho de campo desenvolvido em Timor-Leste, em 2018, e parte da visita a uma aldeia montanhosa para observar e participar nas cerimónias e rituais para a reconstrução de uma Casa Sagrada ou Uma Lulik. Esta comunidade, país e região enquadram-se nas chamadas “sociedade de casas” em que a Casa pode ser entendida como grupo de parentesco, unidade ritual e política que tem na alimentação e nos rituais uma forma de legitimação. Durante as cerimónias, tornou-se evidente a importância dos rituais, dos sacrifícios animais, da divisão da sua carne na renovação dos laços de aliança entre as Casas recetoras de mulheres e Casas dadoras de mulheres, dos espécimes alimentares servidos no banquete e da presença do ambiente natural e da sua transformação à mesa. Este foi um pretexto para a partir da origem, circulação entre territórios, produção e consumo dos alimentos identificados, refletir sobre como os alimentos de origem vegetal e animal são apropriados, percecionados e transformados e, como seres sencientes de acordo com crenças animistas, se tornam alimentos rituais.
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