Alimentação e memória: a questão da patrimonialização da culinária regional
DOI:
https://doi.org/10.70051/mangt.v3i1.58006Palavras-chave:
Gastronomia, Memória coletiva, Pertencimento, Comunidade, Patrimonialização.Resumo
O estudo dos hábitos alimentares e dos processos de patrimonialização permite acessar diversas manifestações de saberes e práticas de cada comunidade e os processos de (re)afirmações da culinária regional. Neste artigo, abordaremos a relação entre alimentação e memória e também como o processo de patrimonializar pratos da gastronomia local podem ser, ou não, influenciadas pela memória ou por questões simplesmente mercadológicas. Questionamo-nos sobre em que medida os processos de patrimonialização alimentar se reportam às memórias, fazeres e saberes particulares da população em questão? Neste texto procuramos compreender os processos de tornar patrimônio de preparações culinárias e para isso utilizamos como exemplo o caso do prato da galinha recheada, no município de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo/RS. Como metodologia, recorreu-se à pesquisa de campo com apoio de entrevistas semiestruturadas realizadas com seis mulheres, com o apoio de diário de campo, documentos oficiais e reportagens. O método de análise dos documentos narrativas de memória se baseou na Análise Textual Discursiva. Ao explorar a riqueza de informações das narrativas e documentos, foi possível compreender que as identidades e os patrimônios culturais podem não responder aos discursos mercadológicos, e sim aos modos de ser, viver das comunidades, mediatizados pela memória como um dispositivo de práxis popular.
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