De 'toxicomania' a 'dependência química': uma análise na perspectiva da lexicologia sócio-histórica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24206/lh.v6i3.31526

Palavras-chave:

Lexicologia. Linguística Histórica. Terminologia. Saúde Pública.

Resumo

O presente estudo teve como objetivo analisar os itens lexicais toxicomania e dependência química no português, cujo sentido tem como ideia central “consumo contínuo ou periódico de substância psicoativa”. Esta análise se baseou nos pressupostos teóricos da lexicologia sócio-histórica (CAMBRAIA, 2013). Do ponto de vista metodológico, a análise foi realizada com base nos 100 lexemas mais frequentes de dois corpora compostos de textos extraídos do Jornal do Brasil: um da década de 1970 para toxicomania e outro da década de 2000 para dependência química. Testaram-se três hipóteses, que foram efetivamente confirmadas: (a) a diferença entre toxicomania e dependência química está relacionada ao tipo de substância consumida; (b) a relação entre toxicomania por dependência química foi influenciada pela recomendação terminológica da OMS em 1974; e (c) a diferença entre toxicomania e dependência química reflete diferentes visões sobre a questão.

Biografia do Autor

André de Sousa Figueiredo Freitas, Universidade Federal de Minas Gerais

Possui graduação em Letras (Licenciatura em Português) pela Universidade Federal de Minas Gerais (2018) e atualmente é graduando da habilitação em Edição no mesmo curso. Tem experiência em Linguística Teórica e Descritiva, com iniciação científica na área de Fonética e Fonologia (2016-2017), e em Linguística Aplicada, com ênfase no ensino de Português como Língua Adicional (PLA), tendo trabalhado com pesquisa e extensão universitária desde 2015.

Bárbara Vieira de Oliveira, Universidade Federal de Minas Gerais

Possui graduação em Comunicação Social pelo Centro Mineiro de Ensino Superior Promove (2006), Bacharelado em Letras, habilitação em Tradução dupla Alemão-Português em curso, na UFMG, e mestrado em Comunicação Social: Interações Midiáticas pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2012). Participante do Grupo de Estudos de Literatura, Tradução e suas Teorias - GELLTE/CNPq/UFC, sob orientação do professor Marcelo Rondinelli.

Daiane Soares Bertolino, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduanda do curso de Letras, com ênfase em Licenciatura Português, pela Universidade Federal de Minas Gerais (8º período). Atualmente, realiza iniciação científica, especificamente, sobre os demonstrativos na obra Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto.

Leopoldina Aparecida Lopes, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduada em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Mayta Ferreira Machado, Universidade Federal de Minas Gerais

Bacharel em Letras Português com habilitação em Estudos Literários (2020) pela Universidade Federal de Minas Gerais. Possui trabalhos na área de Literatura em jogos digitais.

Vinícius Ramede de Paula Pinto, Universidade Federal de Minas Gerais

Possui graduação em Letras (Português-Licenciatura) pela Universidade Federal de Minas Gerais (2019), Atualmente é professor e criador da plataforma digital VAMOS DE REDAÇÃO, atuando na área de redação.

César Nardelli Cambraia, Universidade Federal de Minas Gerais

Possui graduação em Letras (Português-Alemão) pela Universidade Federal de Minas Gerais (1992), mestrado em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (1996), doutorado em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (2000) e pós-doutorado em Linguística Românica na Universitat de Barcelona (2010) e em Lexicologia na Universidade de Brasília (2020). Atualmente é Professor Titular de Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais e tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Linguística Românica e Crítica Textual, atuando principalmente nos seguintes temas: estudo histórico e comparado de morfossintaxe de línguas românicas em uma perspectiva tipológico-funcional, lexicologia sócio-histórica e edição de textos românicos antigos. É bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq – Nível 2.

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Publicado

20-12-2020