Estatuto de "y" nos antropónimos brasileiros
DOI:
https://doi.org/10.24206/lh.v8i2.51192Palabras clave:
Antroponímia. História do Português do Brasil. Mudança. Lexicografia. Lexicologia.Resumen
Este artigo inscreve-se num estudo mais amplo sobre os antropónimos em uso no Brasil (Dicionário de Nomes em uso no Brasil, https://dicionariodenomesdobrasil.com.br/) e também em Portugal, e visa apurar em que medida o uso de <y>, em substituição de outro grafema, normalmente <i> ou <e>, é um fenómeno recente ou já antigo, e se o segmento <y> na fronteira direita de alguns nomes corresponde ou não a um novo operador sufixal. Para tal, foram selecionados aleatoriamente nomes femininos que contêm <y>, seja em posição interior, seja em posição final, tendo recorrido ao maior acervo disponível para o efeito, BRASIL, IBGE. NOMES NO BRASIL. Disponível em: https://censo2010.ibge.gov.br/nomes/#/search. Foram selecionados nomes de maior e de menor popularidade, para averiguar em que medida esta se correlaciona, ou não, com a substituição de <i> ou <e> por <y>. Tecem-se algumas considerações sobre as motivações possíveis por esta apetência, com base em considerações já expendidas (Soledade 2020, 2022) e nas representações de falantes que optam por esta configuração. Esta alteração na grafia de prenomes brasileiros inscreve-se na crescente abertura para inovação que ocorre no século XX, dando continuidade à chamada revolução antroponímica que teve lugar no segundo quarto do século passado.
Citas
ADAMS, Valerie. An Introduction to Modern English Word-Formation (1st ed.). London: Routledge, 1997.
Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, projeto Imigrantes Espírito Santo https://imigrantes.es.gov.br/html/historico.html. Acesso 21 mar 2022.
BRASIL, IBGE. NOMES NO BRASIL. Disponível em: https://censo2010.ibge.gov.br/nomes/#/search. Acesso em 9 mar 2022.
CARVALHO, Moacyr Ribeiro de. Dicionário de tupi (antigo)-português. Salvador: Empresa Gráfica da Bahia, 1987.
CUNHA, Antônio Geraldo da. 2. ed. Dicionário histórico das palavras portuguesas de origem tupi. São Paulo: Melhoramentos, 1982 [1978].
GUÉRIOS, Rosário Farâni Mansur. Dicionário Etimológico de Nomes e Sobrenomes. São Paulo, Editora Ave Maria, 1973 (2.a edição revista e ampliada) [1949].
LIEBER, Rochelle (2005). English Word-Formation Processes. In: ŠTEKAUER, Pavol; LIEBER, Rochelle (eds) Handbook of Word-Formation. Springer, Dordrecht, 2005, p. 375–427.
PLAG, Ingo. Word-formation in English. Cambridge, Cambridge University Press. 2003.
RIO-TORTO, Graça; Rodrigues, Alexandra. Formação de adjetivos. RIO-TORTO, G. (ed.), Alexandra Rodrigues, Isabel Pereira, Rui Pereira, Sílvia Ribeiro (2016), Gramática derivacional do português. Coimbra, Imprensa da Universidade, 2016, p. 241-296.
SOLEDADE, Juliana. Recuperando a história do léxico antroponímico brasileiro. LaborHistórico, Rio de Janeiro, 6 (3), p. 465-483, 2020.
SOLEDADE, Juliana. Os brasileiros e seus nomes: Aspectos teóricos e sócio históricos da antroponímia no Brasil. Tese apresentada como pré-requisito para progressão funcional ao nível de professor titular do Instituto de Letras na Universidade Federal da Bahia, 2022.
SOUZA, Josy Maria Alves de; PRADO, Natália Cristine. Formação e estilização ortográfica de nomes sociais de pessoas transgêneros: questões de identidade linguística e de gênero. Domínios de Lingu@gem (Uberlândia) vol. 15, n. 3, p. 637- 677, 2021.
VASCONCELOS, José Leite de. Antroponímia portuguesa. Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1928.
VIANA, Aniceto R. Gonçalves, Vocabulário Ortográfico e Ortoépico da Língua Portuguesa. Lisboa: Livraria Clássica Editora de Lisboa, 1909.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
El autor del texto enviado a la Revista LaborHistorico cede los derechos autorales a la Revista, en caso de que el texto sea publicado. Sin embargo, los autores mantienen el derecho de compartir, copiar, distribuir, ejecutar y comunicar publicamente el trabajo bajo la condición de hacer referencia a la Revista LaborHistórico.
Todos los trabajos se encuentran bajo la Licencia Creative Commons Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional.
Los autores son los únicos responsables del contenido de los trabajos. Está prohibido el envío integral o parcial del texto ya publicado en la Revista a otras revistas.