O corpo fala: mapas corporais coletivos como dispositivos estético- artísticos em Terapia Ocupacional

The body speaks: collective body maps as aesthetic-artistic devices in occupational therapy

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto64923

Palavras-chave:

Mapa corporal, Arte, Cultura, Terapia Ocupacional, extensão universitária

Resumo

Contextualização: Trata-se de uma reflexão sobre o uso de mapas corporais coletivos como dispositivo estético-artístico nas intervenções em Terapia Ocupacional com jovens urbanos periféricos, a partir das experiências de duas docentes em um projeto de extensão universitária. Processo de intervenção:  Os mapas corporais coletivos foram utilizados em abordagens grupais com jovens urbanos periféricos em diferentes contextos institucionais - numa escola pública do ensino médio, numa organização não governamental e em um espaço público: a rua. Análise crítica: Partindo de uma leitura pautada nos princípios da filosofia Ubuntu e dos estudos sobre corporeidade, explora-se os mapas corporais coletivos como forma de comunicar experiências individuais e coletivas e promover solidariedade e redes de sociabilidades territoriais e comunitária na prática com essa população. Síntese das reflexões: Os mapas corporais coletivos mostraram-se um potente recurso estético-artístico podendo ser utilizado em práticas terapêuticas ocupacionais em grupo em diversos outros contextos.

Palavras-chave: Mapa corporal. Arte. Cultura. Terapia Ocupacional. Extensão Universitária.

Biografia do Autor

Beatriz Akemi Takeiti, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Graduada em Terapia Ocupacional pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUCCAMP, em 2000. Mestre em Psicologia (Psicologia Social) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC/SP, em 2003 e Doutora pelo mesmo Programa (2014). Foi docente do Centro Universitário São Camilo (2011-2012). Atualmente é Professora Adjunta do Departamento de Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da UFRJ e foi Coordenadora de Curso 2015-2016. Já ocupou cargo de coordenador e docente no Centro Universitário de Araraquara - UNIARA, período de 2006-2011. Foi membro efetivo do Comitê de Ética em Pesquisa - CEP - UNIARA, de 2009-2010. Também atuou como docente (em caráter temporário) na Universidade Federal de São Carlos, UFSCar (2006) e na Universidade de São Paulo, USP-RP, campus Ribeirão Preto (2004). Também atuou como terapeuta ocupacional no Centro de Atenção aos Maus-tratos na Infância (CRAMI/CEDECA/Campinas) e no Centro de Orientação ao Adolescente de Campinas (COMEC).Tem experiência em atividades de ensino, pesquisa, extensão e assistência na área de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, com ênfase no campo social, atuando principalmente nos seguintes eixos: crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e desfiliação social, jovens autores de ato infracional, população em situação de rua, ações territoriais, educação, violência e cultura juvenil.

Referências

Almeida, M. V. M. de. (2004). Corpo e Arte em Terapia Ocupacional. Enelivros Editora.

Buelau, R. M., Castro, E.L., Inforsato, E.A., Lima, E.A. (2019). Arte, Saúde e Cultura na formação

em Terapia Ocupacional: atividades, corpo e produção de subjetividade na experiência do PACTO, In: Silva, C. S. (org). Atividades Humanas e Terapia Ocupacional: Saber-fazer, cultura, política e outras resistências. HUCITEC Editora.

Castro, E. D., Saito, C. M., Drumond, F. V. F., & Lima, L. J. C. de. (2011). Ateliês de corpo e arte: inventividade, produção estética e participação sociocultural. Revista de Terapia Ocupacional Da Universidade de São Paulo, 22(3), 254–262. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v22i3p254-262

Castro, E.D.; Inforsato, E.A.; Bulau, R.M.; Valent, I.U.; Lima, E.A. Território e diversidade: trajetórias da terapia ocupacional em experiências de arte e cultura. Cadernos de Terapia Ocupacional. UFSCar, São Carlos, 24(1), 3-12, 2016. http://dx.doi.org/10.4322/0104-4931.ctoAO0663

Gastaldo, D., Magalhães, L., Carrasco, C., & Davy, C. (2012). Body-Map Storytelling as Research: Methodological considerations for telling the stories of undocumented workers through body mapping. Recuperado de: https://www.migrationhealth.ca/sites/default/files/Body-map_storytelling_as_reseach_HQ.pdf

Gonçalves, M. V. (2020). A mobilidade urbana de jovens em projeto social do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, e suas relações com a terapia ocupacional social [Tese de Doutorado, Universidade Federal de São Carlos]. https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/12361

Hartman, L. R., Mandich, A., Magalhães, L., & Orchard, T. (2011). How Do We ‘See’ Occupations? An Examination of Visual Research Methodologies in the Study of Human Occupation. Journal of Occupational Science, 18(4), 292–305. https://doi.org/10.1080/14427591.2011.610776

Santos, M. (2001). Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal (6a.ed). Record.

Takeiti, B. A., & Gonçalves, M. V. (2021). Juventude(s) e arte-cultura no Complexo do Alemão: narrativas de uma experiência em extensão (1a. ed.). Brazil Publishing. https://doi.org/10.31012/ 978-65-5861-732-7

Vasconcelos, F. A. de. (2017). Filosofia Ubuntu. Logeion: Filosofia Da Informação, 3(2), 100–112. https://doi.org/10.21728/logeion.2017v3n2.p100-112

Downloads

Publicado

12-03-2025