Terapia ocupacional e cultura: atravessamento, recurso ou campo de atuação? / Occupational Therapy and culture: crossing, resource or practice field?

Authors

  • Monica Villaça Gonçalves Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Samira Lima da Costa Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Beatriz Akemi Takeiti Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto10078

Keywords:

Cidadania, Cultura, Formação Profissional, Terapia Ocupacional/tendências.

Abstract

Este artigo tem como objetivo analisar e discutir as possibilidades de atuação da Terapia Ocupacional no campo da Cultura, a partir das reflexões docentes provocadas por estudantes da graduação em Terapia Ocupacional de uma Instituição de Ensino Superior (IES) pública. Hoje as políticas públicas brasileiras apresentam a cultura enquanto direito. Cultura, nesse caso, não apenas entendida como manifestações artísticas e estéticas, mas enquanto uma questão de identidade, protegendo, assim, também a sua diversidade. Para a realização desta pesquisa, optou-se pela metodologia qualitativa a partir de uma abordagem descritivo-analítica, tendo como método a pesquisa documental do diário de aulas de dois semestres seguidos da disciplina de Terapia Ocupacional Social de um curso de uma Universidade Federal. Os resultados foram divididos em 3 categorias de análise: (1) Cultura atravessando a prática, (2) Cultura enquanto recurso e (3) Cultura enquanto um Campo de atuação da Terapia Ocupacional. Compreende-se que a Cultura pode se delimitar como campo específico de atuação, o que aponta para a necessidade de estudos e uma formação direcionados particularmente a essas políticas, serviços e práticas. Os dados desta pesquisa em particular somados as diversas experiências da Terapia Ocupacional no Campo da Cultura têm demonstrado a necessidade de repensarmos a formação profissional. Uma pista importante seria realizar uma revisão nas diretrizes curriculares nacionais, levando em consideração o campo da Cultura como lócus de produção de conhecimento e de intervenção do terapeuta ocupacional. Aponta-se que é preciso investir nessa formação para a consolidação das práticas do Terapeuta Ocupacional no Campo da Cultura.

 

Abstract

 

This paper aims to analyze and discuss the possibilities of action of occupational therapy in the field of Culture, by teachers reflections caused by the graduate students in Occupational Therapy in a public Higher Education Institution (HEI). Today the Brazilian public policies comprehend culture as a right. Culture, in this case, not only understood as aesthetic and artistic expressions, but as a matter of identity, thus protecting also the diversity. For this research, we chose the qualitative methodology from a descriptive and analytical approach, with the method of documentary research in the classroom diary followed by two semesters of discipline Social Occupational Therapy classes, in a course of a Federal University. The results were divided into three categories of analysis: (1) Culture crossing the practice, (2) Culture as a resource and (3) Culture while a field of practice of Occupational Therapy. It is understood that culture can define the specific field of expertise, which shows the need for studies and training targeted particularly to those policies, services and practices. Results from this study in particular added the various experiences of Occupational Therapy in the Field of Culture have shown the need to rethink vocational training. An important clue would conduct a review of national curriculum guidelines, taking into account the field of culture as knowledge production locus and intervention of occupational therapist. It points out that it is necessary to invest in such training for the consolidation of the practices Occupational Therapist in the Field of Culture

Keywords: Occupational therapy. Culture. Citizenship, Vocational training.

 

Resumen

 

Este artículo tiene como proposito analizar y debater lasposibilidades de laactuación de la terapia ocupacional enel âmbito de la Cultura, desde las reflexiones docentes generado por losestudiantes graduados enla Terapia Ocupacional enel centro de enseñanza superior (IES) publica. Hoy, laspoliticapublicasbrasileñaspresentanla cultura como derecho. Cultura, en neste caso, no sólo entendida como manifestaciones artísticas y estéticas, sino como uma cuestión de la identidade, protegiendotambiénsu diversidade. Para esta investigación, elegimosel enfoque cualitativo a partir de un enfoque analítico descriptivo, teniendo como base el método documentaldeldiario de campo de lasclases de los dos semestres consecutivos de la disciplina de Terapia Ocupacional Social de uncurso de una Universidad Publica. Los resultados obtenidos se dividieranentres categorias de análisis: (1) Cultura atravesandolapráctica, (2) Cultura como recurso y (3) Cultura como um campo de acción de la Terapia Ocupacional. Se entiende que la Cultura puede definir como campo específico de acción, con una finalidade determinada, lo que apunta para lanecesidad de los estúdios y uma formacción dirigida enparticular  aaquellas políticas, servicios y prácticas. Los datos de este estudio especialmente sumado a las diversas experienciasde la Terapia Ocupacional enelámbito de la Cultura han demonstrado lanecesidad de replantearlaformaciónprofesional. Una pista importante llevaría a uma revisión de lasdirectrices curriculares nacionales, teniendo em cuentaelámbito de la Cultura como locus de produccióndelconociento y laintervencióndel terapeuta ocupacional. Se apunta que és necesarioinvertiren neste tipo de formación para laconsolidación de lasprácticas de el terapeuta ocupacional enelámbito de la Cultura.

Palalvras claves: Terapia Ocupacional, Cultura, Ciudadanía Cultural, Formación Profesional.

Author Biographies

Monica Villaça Gonçalves, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professora do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, integrante do núcleo de ensino em Terapia Ocupacional Social e do Laboratório de Memória, Ocupação e Território: rastros sensíveis. Graduada em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar (2008). Mestre em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública - ENSP/Fiocruz na área de concentração "Violência e Saúde" (2013). Especialista em Saúde Mental pelo Programa de Especialização Multiprofissional em Saúde Mental nos moldes de residencia da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro e Instituto de Psiquiatria de Universidade Federal do Rio de Janeiro (2010) e em Acessibilidade Cultural do Departamento de Terapia Ocupacional da UFRJ (2015). Tem experiência na área de Terapia Ocupacional, com ênfase em Terapia Ocupacional Social, Cultura e Políticas Públicas.

Samira Lima da Costa, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutora em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro -- UFRJ

Beatriz Akemi Takeiti, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutora em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo -- PUC/SP, São Paulo

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Published

2017-11-01